sábado, 28 de novembro de 2009
Piet Mondrian
Pieter Cornelis Mondrian, nasceu em Amersfoort na Holanda e entrou para a carreira artística apesar de todas as objeções da sua família. Estudou na Academia de Belas Artes de Amsterdão de 1892 a 1895 e depois começou a pintar. Os primeiros trabalhos de Mondrian, na sua grande maioria, eram pinturas de calmas paisagens em tons de suaves cinzentos, cor de malva e verdes escuros. Por volta de 1908, sob a influência do pintor holandês Jan Toorop, começou a experimentar cores mais brilhantes no intuito de transcender a natureza, criando uma série de pinturas de árvores e flores nas quais desenvolveu um estilo cada vez mais abstrato.
Mudou-se para Paris em 1912, e foi então que Mondrian tomou contato com pintores cubistas, rendendo-se às suas idéias e mudando progressivamente de seminaturalista para a crescente abstração. Mondrian encontrou novos caminhos. Durante a primeira guerra mundial, Piet pintou na Holanda, e ajudou a fundar uma revista de artes De Stijl, que influenciou a pintura, o design e a arquitetura européia.
O princípio do século XX ficou marcado pela tentativa de representar a realidade das maneiras mais abstratas, onde a pintura é um exemplo por excelência desse novo olhar. O pintor holandês levou a abstração até ao máximo dos seus limites.
Muitos foram os artistas que deram novas representações ao real, mas Mondrian foi para além deles. Ele começou a formular as suas próprias teorias estéticas. Ao seu estilo e princípios artísticos chamou de Neoplasticismo.
Nas suas últimas composições, Mondrian evitou qualquer sugestão de reprodução do mundo material, usando linhas pretas verticais e horizontais que delimitam blocos de puro branco, vermelho, amarelo ou azul. Mondrian exprimiu uma concepção, que revelou ser um expoente elevado de harmonia e de beleza.
Foi esta procura constante da harmonia e da beleza que levou Piet Mondrian a encontrar a matemática. Mondrian descobriu o famoso número de ouro e com ele chegou ao retângulo de ouro. Partilhou com Da Vinci a idéia de que a arte deveria ser sinônimo de beleza e movimento contínuo, por isso ambos utilizaram o retângulo de ouro. A razão de ouro exprime movimento, pois mantém-se em espiral até ao infinito, e o retângulo de ouro exprime a beleza, pois é uma forma geométrica agradável à vista. Assim, o retângulo de ouro passou a ser presença constante em suas pinturas.
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